Duas qualidades imprescindíveis à eficaz liderança
Na atualidade, diferentemente de época recente, todo líder precisa ser também um gerente e todo gerente, ou qualquer outro nome que se dê (supervisor, coordenador, etc.), precisa ser também um líder. A diferença básica entre o líder e o gerente é a de que o primeiro precisa mais de liderar do que gerenciar, enquanto o segundo precisa de liderar e gerenciar, exercendo estas duas funções com igual ênfase.
Mas como bem liderar? Quais as qualidades que devemos possuir, ou desenvolvê-las? A resposta está presente neste texto.
A Universidade de Stanford, nos EUA, divulgou pesquisa feita junto as 500 maiores empresas que, num período de 10 anos sequentes, se destacaram em três quesitos:
Rentabilidade;
Clima Organizacional;
Produtividade.
Dentre os diversos objetivos da pesquisa, há dois deles que interessam ao tema em questão. A saber:
A primeira: Quais as qualidades dos dez primeiros líderes dessas 500 empresas?
A segunda: Das qualidades objeto da primeira pergunta, quais delas eram comuns a todos os dez líderes?
A resposta à primeira questão foi uma infinidade de qualidades. Mais de uma centena! O que comprova o que todos nós já sabemos: os bons líderes têm muitas qualidades diferentes entre si. Esta informação nos dá um alívio, pois para sermos um ótimo líder, não precisamos ser iguais a Bil Gates ou Jack Welch.
No entanto, a resposta à segunda questão, isto é, aquela que visa saber quais são as qualidades que todos os bons líderes possuem, nos passa importante direcionamento e sustentação para podermos chegar a ser ótimos líderes. Pois a pesquisa mostrou que são apenas duas as qualidades comuns aos 10 primeiros líderes, o que nos abre uma enorme possibilidade de crescimento na liderança. Pois se esforçarmo-nos para vivenciar estas duas qualidades, estaremos – neste quesito – atuando como os melhores líderes atuam!
Vejamos essas duas qualidades comuns aos 10 primeiros líderes:
Primeira das Duas Qualidades Comuns aos 10 Melhores Líderes:
São pessoas que exercem a DETERMINAÇÃO.
Um grande desafio da atualidade é a conscientização que precisamos ter de que gerenciar tem a ver com ciência e liderar tem a ver com arte. A ciência trabalha com o cérebro, a arte trabalha com a alma. Temos que aprender a trabalhar com o cérebro e com a alma. Isto implica em voltarmos a ser aprendizes, pois trabalhar com a alma é um processo sem fim. Como conseqüência dessa nova visão, daqui em diante duas palavras, segundo a pesquisa acima, irão dar a sustentação aos nossos passos de líder ou de gerente. Repito, duas palavras irão nortear nossa evolução, uma delas mais relacionada com o cérebro, que é a determinação.
Se quisermos alcançar o patamar de bons gerentes ou bons líderes, precisamos ser determinados, pois que os desafios de aprendizagem e comando serão cada vez maiores. Estes desafios serão altamente prazerosos se aprendermos a trabalhar com a razão e com o coração. A seguir, a segunda qualidade dos bons líderes ou dos bons gerentes, tem a ver com o coração.
Segunda das Duas Qualidades Comuns aos 10 Melhores Líderes:
São pessoas que exercem a HUMILDADE.
Portanto, humildade, que é mais relacionada com coração, com a alma, é a segunda palavra-chave. Nesta nova concepção nossos liderados não são mais nossos subalternos. São nossos colaboradores. Os líderes arrogantes e prepotentes chegaram à última estação. Não haverá mais projetos e caminhos para quem se coloca como o “sabe-tudo”. Felizmente o mundo corporativo tem agora uma perspectiva mais consciente e produtiva, em todos os sentidos, inclusive, e principalmente, no campo da satisfação pessoal.
Sobre o conceito de humildade bebamos na fonte de Vinélus di Marco: “Para melhor se romper o nevoeiro que nos circunda na Terra, a melhor providência é a humildade. Não a humildade premeditada, oca, aparente, que pode iludir os homens (...). É preciso, contudo, que se limpe essa palavra de definições falsas. Ser humilde (...) é ser simples, bom, prestativo, tolerante, mas precavido. É guardar o ânimo sereno, quando se veja envolvido em tribulações e mal-ent
endidos. O humilde não se arrasta servilmente no chão, não bajula, não se degrada. (...) O verdadeiro humilde não se despoja da sua dignidade, mas também não confunde dignidade com orgulho. É paciente diante dos arrogantes, sereno diante dos impacientes, indulgente diante dos faltosos, sem, contudo, permitir que os seus sentimentos possam contribuir, malgrado seu, para agravar a situação daqueles que lhe cruzam o caminho.”
Independentemente da função que exercemos no ambiente corporativo, vejamo-nos sempre como “líderes” que precisam ter como companheiras inseparáveis a determinação e a humildade.
Determinação tem a ver com persistência.
Humildade tem a ver com simplicidade.
Então, lembremo-nos sempre que se quisermos ser profissionais de sucesso, precisamos ser pessoas simples. E é preciso coragem para ser simples.