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Afetividade na empresa




Só podemos doar o que temos. Doa amor somente quem sabe se amar; doa ternura somente quem sabe ser terno consigo mesmo. Mas há uma exceção: o eminente Francisco Cândido Xavier disse que a alegria é o único sentimento que conseguimos doar ao próximo mesmo sem possuí-la. Por exemplo, se não estamos alegres, mas mesmo assim somos afetivos com o próximo, estaremos espalhando a alegria, estaremos disseminando as sementes da boa convivência e, principalmente, estaremos construindo bases sólidas para aprendermos amar a nós próprios, e também o próximo. Donde se conclui que a afetividade precisa ser uma das principais metas para quem quer ter uma vida com significado.

O primeiro degrau do amor chama-se afetividade. Se no ambiente profissional não sabemos amar o próximo, é perfeitamente possível sermos afetivos. Pois é possível sermos afetivos mesmo com pessoas que não são nossas amigas. Caro leitor, você já não foi afetivo com uma criança desconhecida em que não nutria por ela nem amizade e nem amor? Sendo afetivos, estamos no caminho do amor, e assim podemos ter esperança de um mundo melhor, pois, diz categoricamente a Psicologia Transpessoal, que em nosso mundo interior nossa essência é o amor em sua mais pura expressão.

O excelente psicólogo corporativo Paulo Gaudêncio afirma: “Não tenho dúvida de que o cimento das instituições é a afetividade entre os funcionários. É isso que faz a empresa crescer.” Portanto, sermos afetivos significa estarmos “na direção certa” em todos os segmentos de nossa vida. Então, por que não escolhermos no mundo empresarial a direção certa? A escritora Clarice Lispector com sua admirável sapiência disse que “mais importante do que a velocidade da mudança, é estarmos na direção certa.”

Para construir o ninho onde o amor possa se acomodar, é preciso preparar o espaço adequado. Indo na direção certa, a aceitação do próximo e a resignação ativa são as argamassas da preparação deste espaço. Resignação ativa, ao contrário da passiva, é aquela em que nos resignamos em relação ao que não pode ser mudado, mas continuamos ativamente dando o melhor de nós na convivência humana. A prática da resignação ativa facilita o aflorar da afetividade.

Em relação à afetividade, o médico indiano Deepak Chopra nos informa (Vida Incondicional, Editora Best Seller), que numa experimentação científica, foi comprovado que bebês prematuros que receberam afeto ganharam 47% a mais de peso por dia do que os do grupo que não recebeu afeto. Como o desenvolvimento biológico tem relação direta com o psiquismo do ser humano, então, a lógica científica nos leva a concluir que assim como bebês que recebem afeto, melhor gerenciam o seu mecanismo psíquico, da mesma forma o profissional que vive num ambiente onde a afetividade se faz presente, irá também melhor gerenciar este mecanismo. O que prova e comprova que tem base científica a afirmação do eminente psicólogo corporativo Paulo Gaudêncio: a afetividade faz a empresa crescer.

Portanto, se nossa afetividade na empresa ainda não for demonstração de amor, é - pelo menos – sinal de inteligência!



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