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A força da iniciativa


Conta-nos Laurie Beth Jones em seu livro Jesus CEO, Editora Butterfly, que “Franklin Delano Roosevelt foi aconselhado por sua equipe de que seus planos para pôr fim à Grande Depressão dos EUA eram muito grandiosos, muito caros e muito difíceis. ‘Bem’, bradou ele: ‘talvez estes não sejam perfeitos em todos os aspectos. Mas por Deus, temos que fazer alguma coisa!’. Sua administração teve o mérito de ter colocado os Estados Unidos novamente de pé. Somente porque um líder foi vigoroso”. O líder vigoroso decide, toma iniciativa. Pode até não tomar a melhor decisão, mas ele sabe que fazer alguma coisa, é melhor do que nada fazer.


Certa vez um amigo diretor de uma empresa lamentava comigo as atitudes do seu presidente. Disse-me algo assim: “Ele nos diz o que espera que atinjamos na empresa, e deixa o abacaxi para que nós descasquemos. Nem sempre há planejamento prévio, não há indicativos confiáveis e, muitas vezes, nem há estrutura para podermos atendê-lo”. Eu disse a ele: “É por isso que ele é presidente!”.


O líder é aquele que “aponta o caminho”, e passa à sua equipe a responsabilidade de percorrer tal caminho. Se o presidente de uma empresa esperar que ela esteja estruturada para ter iniciativas, não estará exercendo a sua função com eficácia. O líder maior é também o estrategista maior. E dificilmente uma boa e inovadora estratégia realiza-se numa estrutura pronta. Muito pelo contrário, uma boa estratégia geralmente inspira e motiva a mudança da estrutura. Óbvio que o ideal é que ao “apontar o caminho” já houvesse uma estrutura para que a equipe soubesse como percorrê-lo. Mas no meio corporativo o mundo real é o que predomina. E não o ideal.

O grande mérito de atingirmos o ideal, é que paulatinamente melhoraremos o mundo real. Mas para isto, precisamos saber o valor das tomadas de decisão, o valor da iniciativa.


Em nossa vida, se quisermos ser pessoas úteis e produtivas, é fundamental darmos importância aos “três is”:

Informação,

Indignação e

Iniciativa.

O homem precisa procurar a informação, pois o homem malinformado é como uma moldura sem o quadro. Tendo a informação, é preciso, se for o caso, indignar-se, pois a indignação altera a força de nossos pensamentos, estimulando-nos a agir. E por último, é preciso tomar a iniciativa.


Existem três grupos de pessoas:


Primeiro grupo:

Composto por pessoas que têm a informação, mas não se indignam nem tomam a iniciativa. São os cultos de verniz: brilham, mas não têm luz própria.


Segundo grupo:

Composto por pessoas que têm a informação e indignam-se, mas não tomam a iniciativa. São as que brilham, têm luz própria, mas mantém esta luz escondida.


Terceiro grupo:

Composto por pessoas que têm a informação, indignam-se e tomam a iniciativa. Estas pessoas brilham, têm luz própria e iluminam a Humanidade com o esplendor de sua florescência.


A que grupo pertencemos?


Se, por exemplo, sabemos que há pobreza e só ficamos nisso, pertencemos ao primeiro grupo; somos pessoas de “um i”: temos a informação, e só.

Se, sabemos que há pobreza e isso fere nossa sensibilidade, pertencemos ao segundo grupo; somos pessoas de “dois is”: temos a informação, ficamos indignados, e só.


Se, sabemos que há pobreza e isso fere nossa sensibilidade e agimos para ajudar a diminuir a pobreza, somos pessoas de “três is”: temos a informação, ficamos indignados e tomamos iniciativa.


O mundo precisa de pessoas do terceiro grupo; pessoas que não somente tenham informação e se indignem, mas que também tomem a iniciativa de mudar a situação. Que não somente “tomem a iniciativa”, como também “persistam” no propósito de alcançar seus objetivos.


Como passarmos ao grupo dos “três is”?


Primeiro, temos que sair daquele grupo que diz “Antes, eu tinha certeza de que era indeciso. Hoje, eu não sei se sou indeciso”. Isto é, devemos sair de cima do muro.


Segundo, saiamos do nosso mundo particular para, por exemplo, conhecermos a miséria que está à nossa volta, e que se aproxima cada vez mais da porta de entrada de nossa casa. E lembremos que a miséria pior não é a material, mas sim a miséria intelectual e espiritual.


Terceiro, cultivemos o sentimento de profundo respeito ao próximo. Pois, através da prática deste sentimento, seremos impelidos a ser pessoas de decisão, pessoas de iniciativa. E então, atingiremos o estágio hominal que hoje denominam de “ser integral”, àquele que se vê pleno em suas necessidades bio-psico-social-espiritual. Diremos ao final de nossas existências, realizados: “A vida valeu a pena!”.


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